Nenhum de Nós – Os responsáveis por sucessos que ainda arrastam quarteirões e já são balzaquianos como “Camila”, “Astronauta de Mármore” e outros tantos, estão batendo um bolão na atualidade como se o tempo não passasse.
O sucesso lançado em 2015, o álbum “Sempre é Hoje” é o 16º álbum da banda e faz jus ao nome mantendo fielmente os mesmo integrantes da banda.
Estão em plena comemoração dos 31 anos de estrada a ser completos em outubro, não deixam por menos. São atrevidos. Lançaram um vinho, o NDN Malbec, um livro com sua biografia e um “Acústico 1 + 2 = 30”, montagem que aos poucos está circulando entre teatros brasileiros. E outras tatas no forno como “Acústico Ao Vivo 2”.
E o vocalista eu não pensa em carreira solo também faz incursões pelo mundo da literatura, o que também ajuda e muito a projetar a banda como um grupo multifacetário.
Tudo de Bom!!
Composição:
Thedy Corrêa (vocal)
Veco Marques (guitarra)
Carlos Stein (guitarra)
João Vicenti (acordeón e teclados)
Sady Homrich (bateria)
E+ Thedy
Qual o teu último projeto? Há trabalho novo em vista para este ano? Quais são as expectativas?
Estou com o Nenhum de Nós em turnê pelo Brasil com o disco que se chama SEMPRE É HOJE. Essa turnê também marca os 30 anos da banda! Trabalho novo eu pretendo lançar no segmento literário. Depois do meu terceiro livro, as coisas começaram a acontecer para mim nessa área. Sempre pensando num romance e uma história em quadrinhos – onde eu faço o roteiro. Estes últimos anos tem sido muito trabalho para mim, tanto na música, quanto na literatura e na área de palestras, que eu atuo há cinco anos já.
Fala sobre quando outras bandas atingem um nível de sucesso que você e a banda Nenhum de Nós já atingiu e ainda servem de inspiração aos novos no mercado.
Sempre me inspirei no Paralamas do Sucessos. Eles foram nossos mestres e até hoje são. A trajetória deles é um exemplo para todos os rockeiros desse país!
Você costuma escrever músicas que as pessoas se identificam. Falando de amor. Alguma inspiração de vivência?
Se não diretamente comigo, com amigos e pessoas próximas, as histórias reais sempre foram minha inspiração. Talvez por isso eu consiga atingir a emoção das pessoas de uma forma tão profunda, pois a minha inspiração vem de emoções verdadeiras e autênticas. O cotidiano é minha matéria-prima e as minhas vivências e relações fazem parte dele.
Você possui domínio total compondo, tocando ou escrevendo. Generaliza a arte como uma coisa só ou se acha privilegiado por tantas aptidões?
É interessante essa pergunta, pois existem pessoas que fazem uma espécie de distinção na arte. Tipo, você é músico, ou pintor, ou cantor, ou bailarino… Eu gosto de pensar que sou um artista e que uso a música como forma de expressão. Por isso faço meu trabalho com uma preocupação conceitual, com a arte como ferramenta. É preciso ter algo que motive a produção, algo que aponte a direção. A arte é um meio, não um fim, para mim. Ou seja, não quero ser um grande instrumentista ou um cantor virtuose, quero ser competente na forma de expressão e se para isso preciso me aperfeiçoar tecnicamente, então vale a ideia de ser um meio para atingir a forma perfeita de expressão.
Teu Livro “Astro-Ajuda” é uma vontade de que? Mudar o mundo?
Ajudar a torná-lo um lugar melhor de se viver, falando da busca de equilíbrio, tolerância e paz de espírito.
Aproveita inspiração para escrever livro a ponto de usar mesmo pensamento em letras de musicas?
Existem momentos onde as coisas e misturam e a poesia nasce apenas como poesia e acaba virando música. É quase como se tivessem vida própria e decidissem seu futuro conforme sua aptidão.
Você chama a atenção e possui forte apelo de atração ao público feminino. Já ficou com fãs?
Não. Sou casado há 25 anos com a minha namorada cuja a garagem da casa o Nenhum fez os primeiros ensaios. Uma longa relação.
Já pensou em carreira solo?
Não. Me realizo plenamente no Nenhum de Nós, no que se refere à música. Faço alguns projetos e tenho alguns encontros musicais – com o nativista Luiz Marenco, por exemplo – onde exercito outros caminhos e experiências, mas o Nenhum de Nós é meu projeto de vida!
De onde veio a inspiração para a musica CAMILA que é hino no Riogrande e país afora?
De uma história real. Uma garota que tinha um namorado muito estúpido e violento. Por isso os versos que falam na “vergonha do espelho naquelas marcas”, nos “olhos insanos que passavam o dia a me vigiar”. A violência de gênero já era um tema importante quando escrevemos a canção e, infelizmente, segue sendo até hoje. A violência contra a mulher precisa ser debatida e encarada de frente como um problema de nossa sociedade. Precisamos dar um basta e a Camila foi uma forma de chamar a atenção para o tema.
Como é o teu processo de composição?
Gosto de escrever sobre um tema e depois penso no tratamento musical. Faço esboços de canção e depois levo para o trabalho coletivo da banda. Em geral, começo pela letra mesmo.
” QUIZ
Influência e DNA músical : Beatles, Bowie, Gustavo Cerati
Foi show: O Nenhum de Nós no Rock in Rio II
Show Memorável (que assistiram): David Bowie no Olímpia, em SP
Qual o projeto que vc mais gostaria de ter feito com a banda nenhum de Nós? Um disco de covers de clássicos do rock latino
Te toca: Assistir minha filha crescer e amadurecer dia-a-dia
Instrumento que gosto de tocar : violão e baixo
Fã de carteirinha: de histórias em quadrinhos
Literatura ou Música? Ambos se complementam
Ícone: David Bowie
Mais (+) é? Ser tolerante e zen!